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A vez do trigo

Publicado em: 26 de abril de 2017
Categorias: Notícias

Manejo de doenças no trigo pauta encontro de produtores
Depois da supersafra de soja, os produtores já estão de olho no próximo cultivo. Agora o foco é os cereais de inverno e as estratégias definidas antes do plantio fazem a diferença na hora de colher uma safra que pode variar de péssima a super. Tirando as condições climáticas, são as escolhas que definirão isso, a começar pela variedade.
Na região, o cultivo do trigo predomina. Sendo assim, a Cotribá, em parceria com a Bayer, reuniu produtores nesta terça-feira, 25, na Asfuca, para uma palestra técnica sobre a cultura do trigo em preparação à safra 2017. Na ocasião, o engenheiro agrônomo, Dr. Carlos Alberto Forcelini, apresentou o resultado de diversos estudos realizados em anos bons e ruins para a cultura, demonstrando as principais doenças, condições para o desenvolvimento das patologias e manejos mais eficazes para o controle.
Segundo ele, não se pode afirmar que 2017 será um bom ano para as culturas de inverno, visto que estas dependem muito das condições de tempo e temperatura e as previsões tem variado bastante . No entanto, Forcelini aposta no meio termo, nem tão ruim quanto 2015, nem tão bom quanto 2016.
- As altas produtividades do ano passado, quando tivemos 80, 90, até 100 sacas por hectare, devem-se principalmente à baixa incidência de doenças. Isso aconteceu porque as condições climáticas foram muito favoráveis, as temperaturas ficaram abaixo da média, ou seja tivemos um inverno mais frio que o comum, e as chuvas também ocorreram na medida e na hora certa. Então esta safra vai depender muito do volume e distribuição das chuvas e da temperatura - destaca.
O professor fez questão de enfatizar que sempre aparecerão doenças no trigo, independente do clima. A diferença é que com o tempo mais quente e úmido elas aparecem com maior intensidade ou mais cedo. Portanto, o manejo é indispensável.
Entre as principais pode-se destacar oídio, manchas folhares e ferrugem, que atacam as folhas. Já na espiga, a giberella requer cuidados. A incidência e a intensidade destas patologias também estão diretamente ligadas ao comportamento do clima. Apesar disso, os manejos mostram-se muito parecidos de uma no para outro.
- A gente tem feito em média quatro aplicações de fungicidas em trigo, o que muda é que em um ano com mais doenças esse manejo traz uma diferença de produtividade maior, quando comparado com uma testemunha, que é aquele trigo sem o manejo das doenças. É importante considerar também a variedade, existem umas mais suscetíveis e outras menos e isso influencia muito na decisão do manejo.
Sobre os fatores necessários para bons rendimentos, Forcelini destaca três componentes principais da produtividade. O primeiro é a população de espigas, que está diretamente ligada à população de plantas, este fator pode ser afetado no plantio por insetos que estejam presentes no solo ou doenças na semente, daí a importância de um bom tratamento de sementes.
O segundo ponto é o tamanho da espiga, o que é definido no final do perfilhamento e elongação e sofre influência do que acontece nos primeiros dias de vida da cultura, se o trigo estiver sadio e tiver recebido uma boa adubação as espigas serão de alto potencial.
O terceiro componente é o peso do grão, definido pela área foliar que a planta consegue segurar até o final, sendo que para o trigo produzir bem ele precisa de pelo menos três folhas sadias por espiga.
- As recomendações técnicas para uma safra de trigo satisfatória partem de um bom tratamento de sementes com fungicidas e inseticidas de qualidade e quatro aplicações foliares, uma no perfilhamento, uma na elongação, uma no emborrachamento e a última na floração da cultura - resume Forcelini.
Ouça a entrevista:
 


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