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Produtores comemoram boa safra de inverno

Publicado em: 15 de dezembro de 2016
Categorias: Notícias



Trigo supera as expectativas com média de 61 sacas por hectare
 
As características climáticas da região de atuação da Cotribá, somadas às sucessivas frustrações no período, fazem com que as culturas de inverno sejam consideradas de alto risco. Apesar disso, os produtores mais empreendedores não deixam de investir nas lavouras, seja pela renda que o cultivo agrega à propriedade ou pelos benefícios que ele acarreta à próxima safra (de soja), desde a conservação do solo, palhada e melhor controle de invasoras.
No ciclo 2016 acertou quem apostou na produção dos cereais. O cenário foi positivo para todas as espécies: trigo, cevada, canola e aveia branca. Conforme o coordenador do Departamento Técnico (DETEC) da cooperativa, engenheiro agrônomo Fernando Müller, a falta de umidade na época do plantio fez com que as lavouras não tivessem uma boa arrancada.
- A falta de chuva ocasionou a germinação desuniforme das plantações. Mas, como os produtores continuaram investindo em tecnologia, com o retorno da umidade o potencial produtivo se restabeleceu. Tivemos problema de falta de chuva também na fase de floração, o que não chegou a interferir na produtividade - explica Müller.
Segundo ele, o inverno mais seco inclusive favoreceu o desenvolvimento das culturas, visto que em anos anteriores a produtividade foi comprometida justamente pelo excesso de chuvas. Outro fator destacado como positivo pelo agrônomo foi o frio na medida certa.
As condições do tempo voltaram a tirar o sono dos agricultores no período da colheita, quando a frequência das instabilidades gerou transtornos no processo de retirada dos grãos. Apesar disso, tanto a produtividade quanto a qualidade da safra surpreendeu. O trigo, por exemplo, registrou uma variação de produtividade que foi de 45 a 90 sacas por hectare, numa média de 61 sacas por hectare. A expectativa inicial era de 40 sacas por hectare, em média, conforme dados do IBGE.
A cultura da cevada emplacou 70 sacas por hectare, uma média considerada excelente pelo DETEC da Cotribá, já que na implantação da cultura se esperava colher pelo menos 40 sacas por hectare. O mesmo vale para a aveia branca que, para além das estimativas, produziu cerca de 53 sacas por hectare. A canola também não ficou para traz e chegou a 25 sacas por hectare de média, ante as 20 sacas previstas durante o desenvolvimento da cultura, mesmo depois de tempestades de granizo e ventos fortes terem atingido algumas localidades e provocado a debulha das siliquas.
- Alguns produtores chegaram a colher mais de 35 sacas por hectare de canola. Isso chama a atenção e analisando o histórico da cultura nos leva a considerá-la uma boa aposta para o inverno. É uma excelente alternativa de rotação de cultura para diminuirmos o problema de azevém resistente - destaca Fernando.
Com pH's variando entre 76 e 82 para o trigo e praticamente toda a cevada padrão cervejeira, a qualidade da safra de inverno 2016 também não deixou margem para queixas. O que não agrada nem um pouco é o preço das commodities. O trigo, por exemplo, em meados de dezembro estava cotado em R$ 28 a saca. Apesar disso, os produtores já começam a planejar a safra 2017 e a expectativa da Cotribá é que a boa safra deste ano anime os produtores e a área de cultivo, que reduziu significativamente neste ano, volte a aumentar.
 
Técnicos alertam sobre prática de dessecação pré-colheita
A preocupação da Cotribá com a produção de alimentos de forma responsável não é de hoje. No entanto, neste ano os consultores técnicos reforçaram o alerta sobre a proibição da dessecação de lavouras antes da colheita com produtos não registrados para esta finalidade. A cooperativa também lançou uma campanha para chamar a atenção dos produtores. Conforme Fernando Müller, o Ministério da Agricultura está fechando o cerco e intensificando as fiscalizações.
- Eles estão mais presentes no campo, fazendo vistorias e coletando amostras nas propriedades e nos armazéns. Nossos associados e clientes foram muito bem orientados para que não usassem produtos não registrados, não só pelas sanções que isso implica, mas pela consciência de estarmos produzindo, fornecendo e consumindo alimentos de qualidade. O trigo é um exemplo clássico disso, pois todo dia está em nossa mesa, se não respeitarmos a determinação da Lei estaremos ingerindo resíduos de agrotóxicos e causando sérios problemas à saúde, como o câncer - alerta.
Durante o recebimento da safra, todas as cargas que chegaram às unidades da Cotribá passaram pela coleta de amostras. Em caso de a fiscalização detectar problemas nos grãos armazenados na cooperativa, estas amostras serão encaminhadas ao laboratório para avaliações dos resíduos de agrotóxicos. A Lei Federal 7.802/89, que regulamenta a prática, prevê multa aos produtores que comprovadamente utilizaram produtos não registrados. O valor pode chegar ao equivalente a R$ 6.857,00. Já as empresas que tiverem em seus armazéns produtos com percentual de resíduos de agrotóxicos acima do permitido pela lei, terão os silos lacrados e estarão impedidas de comercializar os grãos.
- É importante ressaltar que a multa não é a única consequência para os produtores que descumprirem essa lei. É através dessas análises que identificaremos os responsáveis pelo prejuízo, se for o caso, o que implicará no ressarcimento à cooperativa de todo o volume comprometido, visto que os produtores que agiram de acordo com as normas vigentes não poderão ser prejudicados e receberão pela sua produção - enfatiza Müller.
 
 


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